24/07/2020
Continuam a sair estudos sobre a seroprevalência da COVID19. Nos Estados Unidos um estudo reporta entre 6 a 24 vezes mais infectados que os dados oficiais provenientes de diagnósticos. A prevalência máxima reportada foi de 6.9% em Nova Iorque.
Em Portugal tivemos ontem a notícia (estudo ainda não publicado) que dá conta que o estudo do INSA revela uma prevalência de 3% de infectados. Isto significa que o número real de pessoas infectada com SARS-CoV-2 é seis vezes superior ao número de casos confirmados, com teste PCR-RT positivo, pelas autoridades de saúde.
Entretanto há duas revisões sistemáticas Cochrane relevantes: esta reviu a acuidade diagnóstica de sinais e sintomas que permitam identificar COVID-19. Conclui que nem a ausência nem a presença de qualquer sinal ou sintoma têm suficiente precisão para excluir ou excluir a doença. Esta outra revisão revê a utilidade dos testes de anticorpos para a COVID19 e revela que têm… pouca ou muito incerta utilidade. Mesmo para estudos de prevalência populacional há incerteza. Vale a pena ler.
Notas rápidas para:
- Mais duas machadadas na utilidade da hidroxicloroquina para a covid-19: ensaio clínico do NEJM (ineficaz) e estudo da revista Nature que revela que o fármaco não impede o SARS-CoV-2 de infectar células pulmonares num estudo em primatas
- Mais uma vacina anunciada que passou com sucesso as fases 1 e 2 do desenvolvimento, desta feita com tecnologia que faz adivinhar que o custo de produção seja bem mais baixo. Ponto da situação sobre o desenvolvimento das vacinas nesta notícia actualizada a 24.07.2020.